Sem dúvida que um dos marcos da vida nacional de 2008 foi a luta dos professores, que ainda prossegue. Greves, resistências, vigílias e duas das maiores manifestações por parte de um sector profissional jamais vistas em Portugal. Na organização destas diversas iniciativas tiveram um papel os vários espontâneos movimentos de professores, mas particularmente os sindicatos e a estrutura unitária da Plataforma Sindical dos Professores e Educadores [1]. Nesta luta, merece particular destaque o papel da FENPROF, pela sua capacidade de intervenção e mobilização.
Infelizmente, como os professores e educadores da área de Lisboa conhecem bem, a intervenção do sindicato afiliado na FENPROF na região, o Sindicato de Professores da Grande Lisboa (SPGL), tem sido dos sindicatos que integram a federação (FENPROF) o menos interventivo, dos que menos procura contactar os professores nas escolas, aí colocar informação, e mobilizar os professores para as suas iniciativas. A falta de dinâmica do SPGL tem sido em parte ofuscada pela actividade nacional da FENPROF e da Plataforma Sindical. Mas para continuar a luta por uma escola melhor, por melhores condições de carreira para os professores na área de Lisboa, é necessário uma direcção do SPGL mais forte e interventiva. Tal não será certamente alcançado pela actual direcção, cuja eleição em Junho de 2006, só foi possível após um processo eleitoral controverso e pouco transparente (ver). Um SPGL mais forte e combativo, implica também uma FENPROF, uma União dos Sindicatos de Lisboa (UGL), e uma CGTP-IN mais fortes.
Aproximam-se as eleições para a direcção do SPGL. Está em formação uma lista alternativa à actual direcção, «Professores Unidos», uma lista unitária, combativa, que segundo o seu manifesto defende
um sindicato que apoie mais os professores, que alargue a mais escolas a rede de delegados sindicais, que debata com os professores a situação nas escolas e as formas de luta a adoptar em cada momento, única forma de conseguir derrotar as políticas da 5 de Outubro.Visita o blog dos «Professores Unidos» e subscreve o manifesto. Contribui para melhor o SPGL.
É neste contexto que consideramos que só o projecto consubstanciado neste Manifesto pode gerar uma direcção para o SPGL mais próxima das escolas e dos problemas dos professores e do ensino, capaz de responder aos grandes desafios que se colocam ao movimento sindical docente, convocando-nos a participar, à volta do lema “UNIR OS PROFESSORES E EDUCADORES, REFORÇAR A LUTA! ELEGER UMA DIRECÇÃO DE CONFIANÇA.
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[1] A Plataforma Sindical dos Professores e Educadores é composta pela FENPROF – Federação Nacional dos Professores; FNE – Federação Nacional dos Sindicatos da Educação; SPLIU – Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades; SNPL – Sindicato Nacional dos Professores Licenciados; SEPLEU – Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades; FENEI – Federação Nacional do Ensino e Investigação; ASPL – Associação Sindical de Professores Licenciados; PRÓ-ORDEM – Associação Sindical dos Professores Pró-Ordem; FEPECI – Federação Portuguesa dos Profissionais da Educação, Ensino, Cultura e Investigação; SIPPEB – Sindicato dos Professores do Pré-Escolar e do Ensino Básico; SIPE – Sindicato Independente dos Professores e Educadores; USPROF – União Sindical dos Professores; SINPROFE – Sindicato Nacional dos Professores e Educadores; e SNPES – Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Secundário.
4 comentários:
A actual direcção do spgl - «eleita» graças a uma monumental golpaça - é, como não podia deixar de ser..., «independente», ou seja: finge que está com os professores para poder estar com quem está: a política de educação do governo.
É mais do que tempo de correr com essa cambada.
seria interessante saber nas listas, quem é que emntregou os "objectivos"?
O SPGL - de si é uma salada mista! (sic)Em 2009 - a formação foi algo complicada! Como será desta vez? Com a participação dos professores ou na base uma auscultação e participação de um leque alargado de colegas de trabalho, em particular de quem se assume como transparente e se afirma CONTRA a "Figura Esquelética do SPGL" esvaziada nas manifestações, onde os seus séquitos solicitam a quem as integra" que preencha os lugares "em branco".
A preparação das eleições está aí!
Acordai!
Lede o Manifesto - e agi - não EMPIRICAMENTE!
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