- Dois milhões de portugueses na pobreza, dos quais 610 mil são trabalhadores (12% do emprego), 178 mil são desempregados (35% dos desempregados) e 1 milhão de 200 mil são reformados. Isto é, abaixo do limiar da pobreza (€406, segundo dados de 2007), são maioritariamente trabalhadores ou reformados.
- em Julho de 2009, quase dois milhões de reformados por velhice com uma pensão média de reforma de €385. Um milhão e 500 mil reformados sobrevivem com rendimentos interiores a €330 mensais.
- um plano de aumento do Salário Mínimo Nacional ao qual o governo resistiu, mas que surgiu como resultado directo da luta dos trabalhadores
- a "vitória contra o défice", grande "conquista" no início da legislatura, terminou com um défice de 7%. Não se pode culpar a crise internacional, pois existem factores nacionais responsáveis pela forma como essa crise se expressou no nosso país.
- Entre 2005-7 a economia portuguesa cresceu 0.9% (2005), 1.3% (2006) e 1.9% (2007), valores em média de metade do ritmo dos países da zona euro.
- Injustiça fiscal: crescente peso dos impostos indirectos (isto é, aqueles que são independentes do rendimento individual) atingindo 58% em 2008. Destes o IVA atingiu 65% constituindo 33% da receita fiscal total. Uma crescente desproporção dos impostos sobre os rendimentos das pessoas singulares (IRS) e o imposto sobre os rendimentos de pessoas colectivas (IRC): 23% e 15%, respectivamente, da receita fiscal total em 2008.
- Os custos das micro, pequenas e médias empresas repartem-se em 20.7% em custos de pessoal e 38.1% em custos de energia, telecomunicações e transportes, isto é, sectores onde o estado podia e devia dar apoio reduzindo os seus custos, ajudando a viabilidade destas empresas, a manutenção de postos de trabalho, e permitindo inclusive um justo aumento salarial (que se converteria num aumento de consumo interno).
sábado, setembro 26, 2009
Domingo: votar e levar outros a votar
Dado ser dia de reflexão e se aproximar o dia das eleições, não farei agora apelo ao voto, embora este blog seja claro no seu apoio. Mas nada impede que se recordem alguns números. Para ajudar a reflexão:
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Um comentário:
Como seria bom que o Povo Português fosse levado a pensar sobre estas e outras questões! Um abraço...
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