Economicista [ikónumi’siStá] adj. e subst. Pessoa que procura optimizar a utilização dos recursos humanos e materiais sob sua gestão, combatendo o desperdício, mesmo que isso implique a irritação de poderosos grupos de pressão organizados com capacidade de ‘lobby’ político e mediático. Trata-se de alguém cuja elevada consciência social a leva a defender o interesse colectivo da comunidade contra os interesses de minorias que se consideram detentoras de privilégios irreversíveis que o resto da sociedade tem de suportar através de maiores impostos ou menores benefícios sociais.Efectivamente, devo conversar com gente e ler literatura muito diferente do Sr. PSP. Pois eu cá entendo economicista como aquele que coloca interesses económicos, ou melhor financeiros, acima de quaiquer outros interesses, como sejam o social. Aquele que coloca a obtenção de lucro, vá lá a procura da viabilidade económica, acima da função extra-financeira da actividade ou serviço. Um produtor cultural economicista, por exemplo, procura acima de tudo ter muito público, e condiciona a escolha do material cultura a esse mesmo critério, por oposição a quem possa estar interessado em expandir os horizontes da arte e espere que o público responda.
Mas PSP pinta o economicista como o garante da função social, pois a viabilidade financeira é condição sine qua non para que qualquer actividade se possa realizar. Como no seu exemplo:
aquele que colocando em primeiro lugar os interesses dos mais necessitados procura reformar a Segurança Social com vista a assegurar que, quer hoje, quer no futuro, as pensões são pagas em montante condigno a aqueles que delas irão necessitar, combatendo situações abusivas que as gerações futuras terão de (ou recusar-se-ão a) pagar.Afinal esta malta que anda a crer reformar a SS, leia-se oferecer os lucros da SS ao sector privado, são grandes samaritanos, preocupados com os necessitados. Apenas querem salvar o sistema de pensões, que diga-se está muito bem, obrigado, e muito longe de qualquer proclamada falência.
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