sexta-feira, outubro 12, 2007

Pela defesa do Ambiente

A Academia Sueca decidiu dar destaque ao problema das alterações climáticas causadas pelo desenvolvimento e exploração de recursos desenfreada, sem dúvida um dos problemas criticos enfrentado pela presente geração, atribuindo o prémio Nobel da Paz ao ex-vice presidente dos EUA, Al Gore. Embora não tenha logrado, durante os oito anos que esteve na Casa Branca, que os EUA ratificassem o tratado de Quito, Al Gore tem usado o peso da sua figura pública, de presidente preferido pela maioria do seu povo mas preterido por um sistema eleitoral caduco a favor do maior atentado à democracia estadunidense e paz mundial desde o massacre de Boston, para falar a públicos cada vez mais alargados sobre o aquecimento global. Não tem sido o mais eloquente, o mais informado, mas foi o seu advogado mais bem promovido. Independentemente na pessoa, é de valorizar o Prémio dado à causa. Se não fosse dado ao Gore, seria dado a quem? Não há um organização ou uma outra pessoa relacionada com o tema que se destaque do mesmo modo. Ou haverá?

Um dos debates em torno das negociações em torno de Quito tem sido necessidade de equilibrar, por um lado, o nível de vida da população e seu desenvolvimento económico, incluindo industrial e portanto libertador de gases de estufa, e, por outro lado, o impacto ambiental, isto é, encontrar uma forma de desenvolvimento sustentável (reza o chavão), desenvolvimento económico sem causar danos irreparáveis no ecosistema e esgotar os recursos naturais, mas que ao mesmo tempo possa garantir um boa qualidade de vida, medida em termos de índices de saúde, educação, esperança de vida, e PIB per capita. Para quantificar o nível de vida, as NU têm usado o Índice de Desenvolvimento Humando (HDI: Human Development Index), que assum valores entre 0 e 1, . E o impacto ambiental?

Uma das formas de medir o impacto de uma economia, que tem vindo a ganhar alguma aceitação, é o de pegada ecológica (ecological footprint), que quantifica a área de terra necessária para providenciar a comida e mercadorias consumidas e a infrastruturas usada por uma pessoa ou nação, incluindo para reabsorver os depejos produzidos, fazendo uso da tecnologia ao alcance dessa pessoa ou nação.

Investigadores do Global Footprint Network calcularam quantos planetas Terra seriam necessários para suportar a população global se esta assumisse o nível de desenvolvimento dos EUA em 2003. E em 19978. E o mesmo para um conjunto de outros países e regiões. Por exemplo, se a população mundial assumisse o nível de desenvolvimento e consumo do Reino Unido em 2003, seriam necessários os recursos de 3 planetas Terra para a sustentar. Representaram então esta pegada em unidades de planetas terra jundamente com o HDI de cada nação ou região, estipulando que para um desenvolvimento sustentável seria de exigir um HDI superior a 0.8, e não exigir mais que um planeta para sustentar a população mundial (duh).

O gráfico revela que de 1978 a 2003, a qualidade de vida tem vindo a aumentar, mas juntamente com a pegada ecológica. Nos países em desenvolvimento, o HDI cresce de forma mais acelerada que a pegada, sendo mais dificil melhorar a qualidade de vida dos países desenvolvidos sem considerável atentado à sustentabilidade.

O único país que tem um nível de desevolvimento humano alto e simultaneamente com ónus moderado nos recursos do planeta é ... Cuba. Eis uma ideia: se calhar o PrémioNobel da Paz sobre como evitar os atentados ecológicos mantendo níveis de vida humanos decentes devia ter sido esta pequena ilha e o seu povo heroico, que apesar do seu tamanho, recursos naturais limitados e um bloqueio económico que dura há quase 48 anos (apaga as velas do bolo no dia 7 de Fevereiro) logrou o que mais nenhuma país do mundo conseguiu.

Um comentário:

Vasco Branco disse...

Olá André,
Interessante o teu blog. Tenho passado por aqui a dar uma vista de olhos. Quanto às alteraçõe climáticas de origem antropogénica, sou cada vez mais céptico e quanto mais leio mais fico... do Al Gore e do Nobel que lhe foi atribuído juntamente com o IPCC nem falo! Não são poucos os que se têm insurgido contra as conclusões altamente forçadas dos relatórios do IPCC - que distorcem factos científicos e ignoram outros que os contradizem - para além de que a negociata do mercado de carbono e renováveis tem, quanto a mim, contornos um pouco obscuros. Recomendo o relatório do NIPCC, um painel de cientistas independentes que analisa os dados do IPCC e apresenta outros e 2 blogs que têm alguma informação interessante, o Mitos Climáticos e o A Ciência Não é Neutra. Pelo menos ajudam a criar uma dúvida plausível, que é coisa que tem faltado no debate das alterações climáticas.
Abraço,
Vasco
P.S. Força ABIC!!!