Mohammad Barakeh e José Saramago serão alguns dos oradores convidados da Sessão Pública de Solidariedade com a Palestina, evocativa dos 60 Anos da Nakba – a “Catástrofe”, que marcou o início da limpeza étnica da Palestina pelo Estado de Israel –, que o MPPM promove, na próxima 2ª Feira, 26 de Maio, pelas 21 horas, no Teatro Cinearte / A Barraca.
Durante a sua estada em Portugal o sr. Barakeh terá, ainda, encontros com diversas personalidades da vida política portuguesa e uma reunião de trabalho com os órgãos sociais do MPPM.
Mohammad Barakeh nasceu em Israel, em 1955. É casado e tem 3 filhos.
É Presidente da Frente Hadash, um movimento político que congrega árabes e judeus e é a principal organização política dos cidadãos palestinos árabes de Israel, e é membro da Comissão Política do Partido Comunista de Israel.
Entre 2003 e 2006 foi vice-presidente do Knesset. Na actual legislatura, é membro das comissões parlamentares de Finanças e de Educação, Cultura e Desporto. Desde 1999 tem, ainda, desenvolvido actividade parlamentar, nomeadamente, nas áreas de combate à droga, combate à desigualdade social e inquérito aos serviços de segurança.
Mohammad Barakeh é Coordenador da Comissão para a Protecção das Terras Árabes em Israel, Administrador do diário Al-It’had, Administrador do Instituto de Pesquisa Emil Tomah e membro Conselho Internacional Central para a Paz no Médio Oriente. Foi Presidente da Comissão de Estudantes Árabes da Universidade de Telavive (1977-1981) e Presidente da União de Estudantes Árabes nas Universidades Israelitas (1981-1984)
Segundo comunicado do Partido Comunista de Israel
No passado dia 20, Barakeh foi interrogado pela polícia Israelita, em relação acusado de ter criado provocações políticas, em particular alegado "assalto sobre um civil e um polícia" durante duas manifestações contra a Segunda Guerra do Líbano, em Tel-Aviv durante 2006. Barakeh acusou a polícia de estar a criar provocações políticas, acrescentando que a "polícia está mais ocupada a monitorizar mentes que a monitorizar as ruas."Durante mais de um ano, Barakeh ignorou os pedidos da polícia para comparecer, até que o chefe das investigações e da inteligência Israelita, o Major General Yochanan Danino, apelou a várias figuras políticas, incluindo o líder do Knesset, Dalia Itzik. Barakeh compareceu então à estação de polícia. Dez activistas de extrema-direita, incluindo Itamar Ben-Gvir, aguardavam Barakeh no exterior da estação, onde o chamaram de "traidor" e afirmando que "noutro país seria enforcado".
Depois do interrogatório, Barakeh disse "saio com o mesmo sentimento com que entrei—é tudo uma aldrabice. É uma provocação da polícia, que quer evitar que eu recorra à Unidade de Assuntos Internos, pois foi a polícia que agiu violentamente naquelas manifestações, que tiveram lugar com licença."
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