sábado, dezembro 13, 2008

Salvem os ricos: milionários por Sócrates

Com o seu ocasional oportunismo, o grupo "Os Contemporâneos" editaram um vídeo, ao estilo de "Band Aid", em prole dos ricos portugueses que passam dificuldades (coitados!) e precisam da nossa ajudam: a vida de rico não é fácil, e precisa de muito dinheiro para ser sustentada. Vejam o vídeo


O vídeo fez-me lembrar um grupo satírico nos EUA chamado Bilionários por Bush, que defendiam, com humor, as políticas de George W. Bush por favorecerem a sua classe de multi-milionários. (Já só faltam 38 dias até Bush e Cheney serem depostos!) Cheguei a vê-los várias vezes nos EUA, durante manifestações contra a guerra no Iraque, encenando contra-manifestações, vestidos de fato e gravata, bebendo champanhe e fumando charutos.




A organização Precários Inflexíveis organiza hoje à noite uma noite de gala onde irão apresentar os Prémios de Precariedade a tais dignitários como Belmiro de Azevedo, Francisco Balsemão, Américo Amorim, aos Programas Novas Oportunidades e Porta 65 Jovem. Sobre este último programa vejam o blog Porta 65 Fechada.





E porque este é um post cheio de vídeos, não posso de destacar um vídeo da acção da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica, que esteve na Rua Augusta, em Lisboa, na noite de dia 11 de Novembro, a alertar a opinião pública sobre a situação dos bolseiros. Distribui-se um panfleto que dizia:
Os Bolseiros de Investigação Científica incluem jovens licenciados, mestres, doutorandos e doutores investigadores, técnicos e gestores de ciência, na casa dos 20, 30 e 40 anos de idade.

Sabia que:
… não são considerados trabalhadores;

… os seus montantes de bolsa não são aumentados desde 2002, uma perda de valor real, devido à inflação, de quase 18%;

… não têm direito a 13º ou 14º mês;

… alguns trabalham 6, 8, 10 ou mais anos numa instituição, e finda a bolsa não têm direito a subsídio de desemprego;

… não têm acesso ao regime geral de segurança social;

… sob a capa de estarem em formação, são frequentemente usados para garantir necessidades permanentes das nossas instituições públicas;

… a falta de perspectiva de emprego obriga muitos a abandonarem a ciência ou o país, o que equivale a um desperdício do investimento público na sua formação.

Melhorar a condição destes investigadores e técnicos é uma reivindicação justa destes trabalhadores e é necessário para fortalecer a produtividade e prestígio da inovação e desenvolvimento científico e tecnológico, eixo fundamental para a modernização da nossa economia e sociedade.

Não podemos valorizar a Ciência e Tecnologia sem valorizar e investir naqueles que nela trabalham.




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