Numa entrevista imprevista durante a última visita do Presidente W Bush ao Iraque, um jornalista Iraquiano arremessou em protesto os seus dois sapatos ao Presidente Bush. Se a escolha de arma de arremesso tem tradição no mundo árabe ou se era simplesmente a arma que estava à mão (ou ao pé ;) é motivo de algum debate nos média (ver). Se o ataque tem um carácter étnico, ou foi uma reacção humana universal é-me indiferente. Fico satisfeito que a última passagem de Bush pelo Iraque fique marcada por uma demonstração de resistência bem nas barbas de Bush. Há que porém prestar o devido elogio ao quem em breve deixará a presidência (só faltam 32 dias!):
e que Bush mostrou um destreza e agilidade grande, e uma capacidade de reacção ao inesperado aos dois mísseis da industria do calçado. (Não sei qual o estado de higiene dos sapatos do jornalista. Se os sapatos fossem meus, podiam ser considerados armas biológicas).
Vale a pena ver este outro vídeo, do programa cómico televisivo MadTV, sobre o iRack.
sexta-feira, dezembro 19, 2008
iRack, iShoe, iRan
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André Levy
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8:47 AM
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quarta-feira, dezembro 17, 2008
Diz que não disse
É sempre curioso quando um responsável político é obrigado a comer as suas próprias palavras propagandistas e hiperbólicas. Talvez as pronuncie para inspirar confiança, talvez porque nos tome por tolos, talvez para nos enganar, ou talvez porque seja ele mesmo estúpido. Seja qual for o motivo, dá sempre um gozo ver quem se acha intocável, convencido e superior ser obrigado a publicamente contrariar-se. Às vezes justifica-se dizendo que foi mal interpretado (que estúpidos os jornalistas e o público!), ou tirado fora do contexto. Até já tivemos o caso de uma líder político que não poderia ser mais seca e sem sabor dizer que estava a falar ironicamente, quando no seu sangue e face nunca se lhe adivinha qualquer sentido de humor, quanto mais se reconhece capacidade de usar estilos tão subtis como a ironia. E lá muito de de vez em quando, há quem até admita, com humildade que se enganou.
Não foi esse porém o caso do Presidente do Banco de Portugal, Vítor Constâncio. Este nunca se engana. Os números é que podem mudar, e assim mudar as conclusões. A culpa está nos nos números, não em quem os lê e interpreta.
No dia 9, no almoço promovido pela Câmara do Comércio e Indústria Luso-espanhola, afirma à Lusa, que publica as afirmações às 15h14, que "Portugal não está em recessão técnica, a Europa está". Facto desde logo extraordinário. A Europa está em recessão, mas Portugal devido naturalmente à sua economia em notável crescimento, aos seus galopantes níveis de produção, aos níveis de consumo visíveis nas lojas a abarrotar durante o período de natal está saudável. (MFLeite, caso não se tenha dado conta, isto foi ironia).
Mas no mesmo dia, às 16h36, à mesma lusa afirma que "no terceiro trimestre tivemos um crescimento negativo. É possível que no quarto trimestre [Portugal] também tenha um crescimento negativo (...) Do ponto de vista técnico significa uma recessão".

Muito obrigado Sr. Banco de Portugal, com o seu chorudo salário de um quarto de milhão de euros por ano. É que a malta já vem sentido na pele que a coisa não anda bem. Tecnicamente chama-se recessão quando há um crescimento negativo em dois trimestres negativos. Na gíria às vezes chama-se "crise" ("Isto é que vai uma crise", na velha frase de revista). Mas podíamos chamar-lhe Maria Guadalupe: a verdade é que a economia e sociedade portuguesa vai de mal a pior, e a canalha do bloco central de Constâncios, Sócrates, Teixeira dos Santos, Barrosos, Leites e etc. não vêm o mal da raíz: a própria estrutura da nossa economia capitalista, e o seu carácter de intensificação da exploração. Como explicar que no seio da crise, recessão e Maria Guadalupe os ricos estejam tão bem, e a receber apoios do Estado, mas o resto anda a catar centímos para ver se pode passar um Natal festivo.
Não foi esse porém o caso do Presidente do Banco de Portugal, Vítor Constâncio. Este nunca se engana. Os números é que podem mudar, e assim mudar as conclusões. A culpa está nos nos números, não em quem os lê e interpreta.
No dia 9, no almoço promovido pela Câmara do Comércio e Indústria Luso-espanhola, afirma à Lusa, que publica as afirmações às 15h14, que "Portugal não está em recessão técnica, a Europa está". Facto desde logo extraordinário. A Europa está em recessão, mas Portugal devido naturalmente à sua economia em notável crescimento, aos seus galopantes níveis de produção, aos níveis de consumo visíveis nas lojas a abarrotar durante o período de natal está saudável. (MFLeite, caso não se tenha dado conta, isto foi ironia).


Muito obrigado Sr. Banco de Portugal, com o seu chorudo salário de um quarto de milhão de euros por ano. É que a malta já vem sentido na pele que a coisa não anda bem. Tecnicamente chama-se recessão quando há um crescimento negativo em dois trimestres negativos. Na gíria às vezes chama-se "crise" ("Isto é que vai uma crise", na velha frase de revista). Mas podíamos chamar-lhe Maria Guadalupe: a verdade é que a economia e sociedade portuguesa vai de mal a pior, e a canalha do bloco central de Constâncios, Sócrates, Teixeira dos Santos, Barrosos, Leites e etc. não vêm o mal da raíz: a própria estrutura da nossa economia capitalista, e o seu carácter de intensificação da exploração. Como explicar que no seio da crise, recessão e Maria Guadalupe os ricos estejam tão bem, e a receber apoios do Estado, mas o resto anda a catar centímos para ver se pode passar um Natal festivo.
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sábado, dezembro 13, 2008
Salvem os ricos: milionários por Sócrates
Com o seu ocasional oportunismo, o grupo "Os Contemporâneos" editaram um vídeo, ao estilo de "Band Aid", em prole dos ricos portugueses que passam dificuldades (coitados!) e precisam da nossa ajudam: a vida de rico não é fácil, e precisa de muito dinheiro para ser sustentada. Vejam o vídeo
O vídeo fez-me lembrar um grupo satírico nos EUA chamado Bilionários por Bush, que defendiam, com humor, as políticas de George W. Bush por favorecerem a sua classe de multi-milionários. (Já só faltam 38 dias até Bush e Cheney serem depostos!) Cheguei a vê-los várias vezes nos EUA, durante manifestações contra a guerra no Iraque, encenando contra-manifestações, vestidos de fato e gravata, bebendo champanhe e fumando charutos.

A organização Precários Inflexíveis organiza hoje à noite uma noite de gala onde irão apresentar os Prémios de Precariedade a tais dignitários como Belmiro de Azevedo, Francisco Balsemão, Américo Amorim, aos Programas Novas Oportunidades e Porta 65 Jovem. Sobre este último programa vejam o blog Porta 65 Fechada.
E porque este é um post cheio de vídeos, não posso de destacar um vídeo da acção da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica, que esteve na Rua Augusta, em Lisboa, na noite de dia 11 de Novembro, a alertar a opinião pública sobre a situação dos bolseiros. Distribui-se um panfleto que dizia:

O vídeo fez-me lembrar um grupo satírico nos EUA chamado Bilionários por Bush, que defendiam, com humor, as políticas de George W. Bush por favorecerem a sua classe de multi-milionários. (Já só faltam 38 dias até Bush e Cheney serem depostos!) Cheguei a vê-los várias vezes nos EUA, durante manifestações contra a guerra no Iraque, encenando contra-manifestações, vestidos de fato e gravata, bebendo champanhe e fumando charutos.

A organização Precários Inflexíveis organiza hoje à noite uma noite de gala onde irão apresentar os Prémios de Precariedade a tais dignitários como Belmiro de Azevedo, Francisco Balsemão, Américo Amorim, aos Programas Novas Oportunidades e Porta 65 Jovem. Sobre este último programa vejam o blog Porta 65 Fechada.
E porque este é um post cheio de vídeos, não posso de destacar um vídeo da acção da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica, que esteve na Rua Augusta, em Lisboa, na noite de dia 11 de Novembro, a alertar a opinião pública sobre a situação dos bolseiros. Distribui-se um panfleto que dizia:
Os Bolseiros de Investigação Científica incluem jovens licenciados, mestres, doutorandos e doutores investigadores, técnicos e gestores de ciência, na casa dos 20, 30 e 40 anos de idade.
Sabia que:
… não são considerados trabalhadores;
… os seus montantes de bolsa não são aumentados desde 2002, uma perda de valor real, devido à inflação, de quase 18%;
… não têm direito a 13º ou 14º mês;
… alguns trabalham 6, 8, 10 ou mais anos numa instituição, e finda a bolsa não têm direito a subsídio de desemprego;
… não têm acesso ao regime geral de segurança social;
… sob a capa de estarem em formação, são frequentemente usados para garantir necessidades permanentes das nossas instituições públicas;
… a falta de perspectiva de emprego obriga muitos a abandonarem a ciência ou o país, o que equivale a um desperdício do investimento público na sua formação.
Melhorar a condição destes investigadores e técnicos é uma reivindicação justa destes trabalhadores e é necessário para fortalecer a produtividade e prestígio da inovação e desenvolvimento científico e tecnológico, eixo fundamental para a modernização da nossa economia e sociedade.
Não podemos valorizar a Ciência e Tecnologia sem valorizar e investir naqueles que nela trabalham.

domingo, dezembro 07, 2008
Ainda o XVIII Congresso do PCP
Extractos das intervenções de Ilda Figueiredo, Francisco Lopes e Jerónimo de Sousa, durante o XVIII Congresso do PCP, no dia 1 de Dezembro de 2008, no Campo Pequeno, Lisboa; assim como a leitura dos resultados da eleição dos orgãos de direcção do Partido. Há que não perder o impulso do congresso!
Vejam os documentos do Congresso, intervenções, lista completa do organismos eleitos no sítio do Congresso.
Vejam também as fotos em Mais Angular, em particular as caras dos delegados enquanto visionavam o vídeo evocativo de Álvaro Cunhal. Palavras para quê.
Vejam os documentos do Congresso, intervenções, lista completa do organismos eleitos no sítio do Congresso.
Vejam também as fotos em Mais Angular, em particular as caras dos delegados enquanto visionavam o vídeo evocativo de Álvaro Cunhal. Palavras para quê.
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André Levy
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10:27 PM
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quarta-feira, dezembro 03, 2008
XVIII Congresso do PCP - parte II
A final da internveção do Jerónimo de Sousa, no XVIII Congresso do PCP, e os delegados e convidados a cantarem o "Avante Camarada" e a "Internacional".
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André Levy
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12:57 PM
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terça-feira, dezembro 02, 2008
Viva o XVIII Congresso do PCP! Agora ao trabalho.
Irei colocando alguns vídeos sobre a sessão de encerramento do Congresso ao longo dos próximos dias. O seguinte inclui parte da intervenção de Jerónimo de Sousa onde refere que "sim, é possível" uma alternativa.

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André Levy
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8:21 AM
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