- cresceu em número de votos
- manteve o número de deputados (num contexto de redução do número de deputados portugueses)
- Ficou a 2287 votos de ter eleito um terceiro deputado. Sem desprezar o PCTP-MRPP, é bem conhecido o "erro" de muitos eleitores da CDU nesta força representada por uma foice e martelo. Como o Anónimo Séc. XXI refere, bastaria que 1/18 desses votos (pouco mais de 43 mil) tivessem sido erros de eleitores desejando votar na CDU, para que esta pudesse ter o número de votos necessários para o terceiro deputado.
- Ganhou a maioria em vários distritos e conselhos, tendo alcançado crescimentos em zonas historicamente desfavoráveis à CDU.
- Não tendo sido a terceira força mais votada, teve um resultado de dois dígitos. Não é a primeira vez que as coligações que integram o PCP fica em quarto. Já aconteceu antes. Ter tido a votação expressiva que teve, face às dificuldades atravessadas nos últimos vinte anos, é muito significativo.
- Se formos comparar com os resultados nos restantes países europeus, onde houve uma viragem geral à direita, em Portugal houve um considerável reforço da esquerda, incluindo da CDU, significando um passo significativo na ruptura com a política de direita pela qual o PCP se tem batalhado. A nível Europeu, merece assinar os importantes resultados do Partido Comunista da República Checa (com 15.3% dos votos, 4 deputados), os 34% do AKEL no Chipe (em segundo lugar, mas com 34,9%, 2 mandatos), resultados que contrastam com os parcos resultados do Die Linke na Alemanha (7.5%, 8 deputados), da Frente Anti-Anticapitalista, que integra a Refundação Comunista (apenas 3.38%, 0 deputados), da Esquerda Unida (3.73%, 1 deputado). Mesmo o forte Partido Comunista da Grécia (KKE) obteve apenas 8.8% dos votos (2 deputados).
Vamos à luta, com toda a confiança, orgulho no nosso projecto, e esperança de transformação que nos caracteriza.
Um comentário:
Estou de acordo com o comentário. Sou do BE, mas antes sou de esquerda. Ou seja, estou muitíssimo satisfeito com os 21,4% atingidos pelas duas principais forças da esquerda portuguesa.
Circunstancial ou não a votação atingida pelo BE (uma boa parte dela é-o, mas não toda), a verdade é que qualquer cidadão que luta por transformar a sociedade só pode ficar feliz por estes resultados globais à esquerda, independentemente de quem ficou em terceiro lugar.
Confiemos, pois, nos próximos combates, para ultrapassar as etapas que aí vêm.
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