Depois de um interregno para terminar trabalho antes das férias e das férias propriamente ditas, isto é, dias preenchidos na construção fraterna da Festa do Avante!, e da recuperação das férias, volto agora ao ciber-espaço. Até ao fim do ano, isto promete. O calendário político está marcado pelas eleições presidenciais, sendo de destacar a apresentação do candidato que pode ser referido sem hesitações como de esquerda e como defendendo a letra e espírito da Constituição da República Portuguesa (CRP): Francisco Lopes.
Estamos a semanas da importante Jornada de Luta Nacional convocada pela CGTP a 29 de Setembro. Dada a ofensiva de direita é de antecipar novas e mais fortes jornadas nos meses que se seguem.
No final de Novembro, Portugal vai acolher duas cimeiras de enorme importância para o realinhamento geo-estratégico mundial, uma cimeira entre a UE e os EUA e a cimeira da NATO, estando já antecipado uma manifestação no dia 20 de Novembro convocada pela plataforma PAZ SIM, NATO NÃO pela paz, contra blocos militares (tal como estipula a CRP), e contra o imperialismo e a NATO.
Estamos num momento de resistência, em que a ofensiva do capital através dos seus meios económicos, seus actores políticos e seus instrumentos ideológicos, tenta ultrapassar a crise mimando-se com subsídios (ie, dinheiros públicos), fugindo ao fisco, e aumentando a exploração.
Às contestações e protestos o Cavaco apela à serenidade, o Governo à estabilidade governativa. Como muito bem disse Jerónimo de Sousa no encerramento da Festa do Avante!, os protestos devem-se à instabilidade social criada pelas medidas do governo, instabilidade laboral e financeira, e consequentemente nos nossos lares. Se o governo não garante justiça social, pelo contrário agrava-a; se cada vez mais é clara a natureza de classe dos seus apoios e medidas (comparem-se as recuperações e lucros dos Bancos com a subida de desemprego e redução de apoios aos desempregados) então é o Governo que conduz à instabilidade governativa através das suas medidas anti-sociais e anti-populares. Estabilidade governativa teve o Salazar e o povo português não ganhou muito com isso. Mas o Champalimaud, Mellos e outros monopolistas sim.
Desta fase de resistência, com uma luta organizada à altura, é possível tomar a ofensiva. Mais que uma possibilidade, é uma necessidade: Civilização ou Barbárie. Os Encontros de Serpa retomaram muito bem este slogan de alerta. Está em marcha a realização de mais um Encontro Internacional em Serpa, no final de Outubro (30,31Out/1Nov), com a participação de vários participantes nacionais e internacionais e elevado nível, que oportunamente complementarão a acção de rua e no local de trabalho com reflexões mais gerais sobre o estado do capitalismo e imperialismo.
Um fim de ano em cheio sem dúvida.
quinta-feira, setembro 09, 2010
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