O povo de Timor Leste lutou heroicamente pela sua independência da Indonésia durante décadas. Em 1999, num referendo patrocionada pelas Nações Unidas, 78.5% do povo Maubere votou a favor da independência. Timor Leste é um território pequeno, de recursos limitados, mas o seu povo preferiu enfrentar o desafio de desevolver uma nação independente. A via alternativa teria implicado a continuação do genocidío e limpeza etnica iniciado pela Indonésia em 1975, que resultou na morte de cerca de 1/3 da população de Timor Leste. Os massacres de Timorenses às mãos de milicias apoiadas pela Indonésia que tiveram lugar após o referendum sublinharam que a escolha era entre independência ou extremínio. No dia 10 de Maio, 2002, Timor Lest foi oficialmente reconhecido como nação independente, e a 27 de Setembro tornou-se o membro mais jóvem das Nações Unidas.
Timor Leste enfrenta agora enormes desafios económicos. Durante a occupação, a Indonésia não desenvolveu estruturalmente a área, mesmo os serviços básicos, como saneamento e abastecimento de água e electricidade. A taxa de desemprego é alta e Timor carece quadros especializados. O seu orçamento anual, de USD$85 milhões tem siso suportando largamente por doações. Face a uma dívida orçamental para 2005-7, na ordem de USD$30 milhões, o governo resiste entrar em dívida perante o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, mas necessita de milhões de dólares de investimento. O seu mais importante recurso natural é a extração de petróleo e gás natural na sua costa marítima. Mas este recurso está sendo disputado pela Austrália. A Austrália apoiou a ocupação ilegal da Indonésia praticamente durante todo o periodo de 24 anos, assinando em 1989 um tratado ilegal com a Indonésio para partilhar os recursos petrolíferos, conhecido omo "Timor Gap Treaty".
A Austrália e Timor Leste ainda não acordaram numa fronteira máritima permanente. Mais de uma ano depois do Primeiro Ministro de Timor Leste ter requisitado negociações sobre a fronteira, o Primeiro Ministro Australiano aceitou iniciar negociações a 10 de Novembro, mas rejeitou estabelecer calendário ou uma data limite para resolver o assunto.
O parlamento de Timor Leste aprovou uma lei de fronteira marítima, reclamando a distância de 370 km em torno da sua costa como Zona Económica Exclusiva (ZEE), sujeito a futuras negociações com a Indonésia e Austrália. Segundo os principíos legais estabelecidos desde a aprovação da Convenção sobre a Lei do Mar das Nações Unidas [1982 United Nations Convention on the Law of the Sea - UNCLOS], uma linha mediana entre as costas de dois países é a forma normal de estabelecer fronteira marítima entre dois países com menos de 400 milhas de distância.
Vários acordos temporários de partilha de recursos foram assinados entre a Australia e Timor Leste. Estes acordos são derivados do ilegal Tratado Timor Gap de 1989, assinado entre a Australia e a Indonésia. Este tratado favorecia a Australia, que deitou título a recursos que deveriam constar do território de Timor Leste. (Portual, o poder administrativo legal na altura, não foi incluindo nas negociações.) O tratado de 1989 criou a "Zona de Cooperação" na qual a Australia e Indonésia partilhariam o desevolvimento e lucros provindos do petróleo. Esta zona roubou Timor LEste de recursos maritimos já que se baseia na fronteira entre a Australia e Indonésia desenhada em 1972 (de novo sem participação de Portugal).
Em Março de 2002, dois meses antes da independência de Timor, a Australia declarou que se retirava dos mecanismos legais internationais - o Tribunal Internacional de Justiça e o Tribunal Internacional para a Lei do Mar - que resolvem disputas de fronteiras. Esta acção deixou a nova nação de Timor Leste sem mecanismo legal para estabelecer fronteiras, na ausência de cooperação por parte da Austrália.
Acordos entre Timor Leste indpendente e a Australia re-nomearam a 'Zona de Cooperação' como A Area de Deseolvimento Petrolífero Conjunto [Joint Petroleum Development Area - JPDA] e alteraram a divisão de recursos. Mas neste novo arranjo, a zonas mais ricas são excluidas da JPDA. Estas incluem o campo 'Greater Sunrise' e o quase esgotado 'Laminaria-Corallina', que conjuntamente são mais lucrativos que a zona 'Bayu Undan', que pertençe ao JPDA. A Australia tomou posse dos recursos fora da JPDA, ainda que ambos países reclamem posse e segundo os critérios da UNCLOS estas zonas seriam Timorenses. No Acordo de Uso Internacional [International Utilization Agreement - IUA] assinado em Março, os dois países acordaram unificar o vasto campo 'Great Sunrise', decidindo que 80% se encontra fora da JPDA (e consequentemente sobre controlo Australiano até que as fronteira sejam estabelecidas). o IUA precisa de ser ratificado por ambos países. Lucros provindos dos 20% dentre do JPDA serão divididos.
A Australia tem pressionado Timor Leste, ameaçando adiar produção e lucro necessário para a jóvem nação, a menos que aceite os temos Australianos. Muitos duvidam que o governo Australiano termine as negociações sobre a fronteira num prazo razoável, que o Primeiro Ministro de Timor Leste sugeriu ser de 3-5 anos. Timor Leste necessita das receitas de Bayu-Undan (a campo maior perto da produção comercial) nos próximos 3-4 anos. A Australia mantem o projecto hóspede de forma a pressionar Timor Leste a assinar o IUA, que será mais lucrativo para a Australia. Segundo um transcrito de uma das sessões de nogocialão, o Ministro dos Negócios Estrangeiros Australiano Alexander Downer disse ao Primeiro Ministro de Timor Leste. "Nós não temos que explorar os recursos. Eles podem lá ficar um 20, 40, 50 anos. "Desde 1999, a Australia lucrou mais de um milhar de milhões de dólares em petróleo e gás que pertencem a Timor.







Nenhum comentário:
Postar um comentário