sexta-feira, julho 14, 2006

Iraque: Mulheres em estado de sítio

Lembram-se como "melhor a condição das mulheres" era um dos factores que usado para justificar a invasão do Afeganistão, e até do Iraque. Isto apesar do Iraque, sob Saddam, ter das leis mais progressivas no que diz respeito aos direitos da mulher, inclusive mais que o Ocidente, por exemplo na licença de maternidade (sim, porque as mulheres era parte integrante da população trabalhadora).

Como reconcicliar esse argumento, com a situação assustadora das mulheres no Iraque ocupado pelos EUA. Muitos se lembrarão das fotos da tortura em Abu Ghraib e como a soldado Lynndie England demonstrou as moças também sabem torturar. Ausente nas fotos publicitadas até à data, é o facto de tambem estarem mulheres presas em Abu Ghraib, e que estas também têm sido alvo de tortura, abuso sexual, violação e estupro.

Mas os soldados Estado-unidenses não têm limitado os actos de violação às paredes prisionais. Em Março, em Mahmidiya, a 30km sul de Bagdad, um grupo de cinco soldados violou e incinerou o corpo de Abeer Qassim Hamza. Não tinha ainda 16 anos. Para cobrirem o seu crime, mataram então seu pai, mãe e irmã. Este crime de guerra será caso isolado?

A falta de ordem nas cidades, particularmente Bagdad, tem também permitido o aumento de criminalidade, incluindo assédio sexual, sequestros de mulheres, e violações. Entre os ataques sexuais, os disparos de balas e bombas, as mulheres temem sair de casa. Reforça-se assim a tradição das mulheres permanecerem em casa, e sairem à rua vestindo o hijab.

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