sexta-feira, julho 14, 2006

A proposta anti-comunista no Conselho da Europa (PACE) foi derrotada em Fevereiro (ler também aquí). A proposta surgiu num contexto de ataques a comunistas e organizações comunistas, sobretudo no leste Europeu, e uma lavagem histórica dos crimes fascistas, chegando ao desplante de se homenagear o papel dos nazis e premear ex-combatentes nazis. Por exemplo, na República Checa o Minstério do Interior tentou forçar a Juventude Comunista a abandonar os princípios do marxismo-leninismo ou sofrer ilegalização. O deputado e vice-presidente do
Partido Comunista da Boémia-Morávia, Jiri Dolejs, foi brutalmente espancado à saída do Parlamento Checo. A KSM, com um a ajuda da solidariedade internacional, sustentou os ataques do governo (embora viva sobre constante ameaça), e o PCBM recebeu 12.8% dos votos nas recentes eleições parlamentares. Embora tal tenha representado um decréscimo face aos 18.5% de 2002, o PCBM persistiu como a 3ª força mais votada.

Mas claro que a derrota da proposta não significou o fim da cruzada anti-comunista. Seis meses depois, o parlamento da Croácia adoptou uma resolução semelhante, condenando os crimes comunistas entre 1945-90. A resolução não menciona os crimes cometidos pelos Ustashes, pro-nazis croatas, que instituiram o Estado Croata Independente durante a guerra, mas condenam os que os puniram no pós-guerra.

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