quarta-feira, novembro 07, 2007

dez dias que abalaram a história

Comemeram-se hoje os 90 anos da Revolução de Outubro, um dos eventos mais marcantes da história do século XX, marcando o início da primeira experiência humana na construção de uma sociedade liberta da exploração do homem pelo homem, de uma economia orientada não para a acumulação de lucro por alguns mas pela garantia de condições de vida dignas para todos do socialismo. Pela sua natureza, o socialismo é uma construção humana, não resulta da livre actuação das leis do mercada (eventualmente com alguma regulação, embora essa funcione também para reforçar a acumulação capitalista, em vez de procurar garantir justiça social) mas implica uma procura constante de soluções criativas para responder aos problemas económicos, sociais e políticos colocados pelas soluções concretas. O tremendo progresso social e económico alcançado pela Rússia e depois pela URSS, transformando um pais feudal, agrícola e pouco industrializado num capaz de elevar o nível educacional e melhorar dramaticamente a saúde do seu povo, é tesmunho do progresso que o socialismo permite. A queda vertiginosa da esperança média de vida na Rússica após 1989 é também exemplar do contraste dos dois sistemas. Além do tremendo impacto que a Revolução de Outubro teve no interior da URSS, o seu papel no Mundo foi fundamental na derrota do nazi-fascismo, no fim do colonialismo, no apoio a movimentos socialistas e de libertação nacional, na criação de expectativas entre os trabalhadores do mundo que forçaram os patrões em todo o mundo capitalista a melhorar as condições de trabalho e direitos sociais. Ainda que o capital tenha aparentemente ganho uma batalha num capítulo da história do século XX, a história segue adiante, experiências foram reunidas, lições aprendidas, expectativas criadas, e haverão mais capítulos na longa luta de libertação da humanidade das forças da exploração, opressão e guerra.
Vejam Outubro, de Sergei Eisenstein sobre os dez dias que abalaram o mundo, e a história para sempre.

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