Esta violação da soberania e inviolabilidade territorial do Equador deu origem a compreensíveis preocupações por parte do Equador e também da Venezuela, país vizinho da Colômbia, que prontamente movimentaram tropas para as suas fronteiras com a Colômbia. Não satisfeito com a tensão criada pelo seu raide militar, a Colômbia fez uso de documentos capturadas no Equador para acusar a Venezuela de estar a financiar e fornecer armas às FARC (leiam textos), indo ao ponto de «denunciar Chávez pelo financiamento de genocídio".
Examinem-se as evidências da alegação de que a Venezuela financia as FARC. A denúncia mais pontual será a entrega de $300 milhões que Chávez entregaria às FARC, inferido a partir da descodificação de carta enviada por Iván Márquez ao secretariado das FAC em Dezembro de 2007:
1. Con relación a 300, que en adelante llamaremos "dossier" ya hay gestiones adelantadas por instrucciones del jefe del cojo, las cuales comentaré en nota aparte. Al jefe lo llamaremos Ángel, y al cojo Ernesto.Como o jornalista John Pilger nota, no texto original não é explícito que «300» se refere a dólares, ou que o chefe é Chávez. Alías o parágrafo seguinte da mesma mensagem, refere Chávez explicitamente em ligação aos planos por este propostos para a libertação de presos.
2- Para recibir a los tres liberados, Chávez plantea tres opciones:Tendo em conta o referido no ponto 2, não faz sentido que «300» se refira não a dólares, mas à «liberación unilateral [das FARC] de 304 militares y policías capturados en combate, de Clara Rojas y Consuelo de Perdomo, de los cuatro congresistas y los policías del Putumayo, entre otros.» (Comunicado das FARC, Fevereiro 2008) Chávez serviu de intermediário entre as FARC e o governo da Colômbia, a pedido deste, para mediar a libertação de prisioneiros. Chávez reuniu com Iván Márquez, na Venezuela, não havendo razão para esconder uma relação assumida publicamente.
Plan A. Hacerlo a través de una "caravana humanitaria" de la que harían parte Venezuela, Francia, Piedad, Suiza, Unión Europea, demócratas, Argentina, Cruz Roja…, etc.
Mecanismo: similar al utilizado cuando nos recogieron para los diálogos de Caracas y Tlaxcala, es decir, en helicópteros recogerían en la coordenadas que se indiquen, y que sólo conocerá Rodríguez Chacín. De ahí serían trasladados a un aeropuerto cercano donde los esperaría un avión para trasladarlos directamente a Caracas. Acepte o no Uribe esta fórmula, de todas maneras pierde.
Plan B: sin importar el tiempo, recogerlos en la frontera con Venezuela. Plan
[Plan ]C: recogerlos en la frontera con Ecuador.
A única outra referência ao «dossier» que encontro nos documentos apreendidos consta numa carta de 8 de Fevereiro de 2008:
1- Realizamos en 6346-6847-6875-6242 el encuentro con Ángel. (...)Neste extracto, já a interpretação de «dossier» parece mais claramente ser não de presos, mas dinheiro. E mais uma vez se torna duvidoso que «Ángel» seja Chávez, já que este é referido de novo explicitamente e em conexão com a libertação de presos.
2- Ya tiene disponibles los primeros 50 y tiene un cronograma para completarnos 200 en el transcurso del año.
3- El amigo de 348-6546-6447-6849-6471-6542 le sugirió trabajar el paquete por la vía del mercado negro para evitar problemas. El 17 de este mes llega a 6371-6845-6371-6242 un alto delegado de ese amigo para concretar el listado. Ángel nos pidió estar allí para que cuadremos personalmente con el delegado. Esto es clave.
4- Nos ofreció la posibilidad de un negocio en el que nosotros recibimos una cuota de petróleo para comercializarla en el exterior, lo cual nos dejaría una jugosa utilidad.
Otra oferta: venta de gasolina a Colombia, o en Venezuela.
Tomando del dossier, creación de una empresa rentable para inversiones en Venezuela.
Posibilidad de adjudicación de contratos del Estado. En todo lo relacionado con este tema participó el gerente de "6579-6545-6245-6449". Para lo pertinente, Ángel designó a Ernesto para que coordinemos con él.
5- Paso a otro tema. El Presidente Chávez pide al camarada Manuel, lo siguiente:
A) que le permita hacerle a las dos partes la siguiente propuesta. Que está dispuesto a recibir en su territorio (tal como se lo pidió el teniente en su carta) los 47 prisioneros en nuestro poder y los 500 guerrilleros presos por el régimen. Los tres gringos estarían solamente si de la otra parte está Sonia y Simón.
B) Una vez aceptada por nosotros lanza la propuesta pública dirigida a FARC y al gobierno y simultáneamente convoca a los países latinoamericanos a apoyar esta iniciativa, la cual generará gran presión sobre Uribe.
C) Tiene proyectado crear una especie de "Grupo de Contadora", que podría llamarse, dependiendo del lugar de la reunión en Venezuela, "Grupo Bolívar" o "Grupo isla de Margarita". Este grupo entraría a trabajar buscando nuestro reconocimiento como fuerza beligerante y desplegaría una gran actividad en pro de un proceso de paz en Colombia. En el grupo estarían Venezuela, Argentina, Brasil, Cuba, Ecuador, México, Nicaragua. Podrían estar también Francia, Suiza y España. Los curas, no. Por supuesto las FARC serían invitadas a las sesiones del grupo. Sería un reconocimiento de facto a la beligerancia de FARC. Pide una respuesta pronta a esta iniciativa integral, la cual recapituló así:
A) Las FARC envían todos los prisioneros a Venezuela.
B) Las FARC sólo lo harían si el gobierno de Colombia envía primero los 500 guerrilleros reclamados.
C) Obtenida una respuesta de nuestra parte, entraría a pedir el apoyo del mundo y de Uribe una respuesta.
D) Al recibir, ubica a los prisioneros de las dos partes en un campamento humanitario, con presencia de la prensa, delegados internacionales y FARC.
E) Dice que una respuesta positiva de nuestra parte, pulverizaría el impacto negativo que pudo haber tenido la marcha manipulada contra nosotros el 4 de febrero. Está dispuesto a impulsar "contra marchas" en varios países a favor del canje y la paz.
Não pretendo com isto concluir que os documentos não permitem concluir uma ligação financeira entre Chávez e as FARC. Uma inferência tão conclusiva exigiria um estudo mais cuidado. Queira apenas chamar à atenção que a interpretação mais difundida dos documentos, e usada pela Colômbia para justificar a sua incursão no Equador e a retórica violenta contra Chávez, é baseada numa interpretação de documentos que no mínimo merece ser escrutinada com atenção. E que as notícias da comunicação social veiculam passivamente as alegações de Uribe, sem se referirem, na maior parte dos casos, ao papel que Chávez teve na recente tentativa de criar diálogo entre as FARC e governo Colombiano e levar à libertação de presos de ambas partes, embora tal venha muito claramente referido nos mesmos documentos.
Ainda neste tema, e porque também não recebeu muita atenção na comunicação social, refiro a manifestação que teve lugar em Bogotá na quinta feira passada, em homenagem às vítimas do paramilitarismo, parapolítica e crimes de estado em mais de 20 cidades Colombianas e 100 cidades pelo mundo. Sendo frequentemente sublinhada a violência e alegada relação das FARC com narcotraficantes, já a violência do estado Colombiano, a sua ligação com forças paramilitares, e a ligação destas ao narco-tráfico já é menos referida.
Vale também a pena referir a resposta de hillary Clinton e Barack Obama, candidatos à nomeação presidencial do Partido Democrata dos EUA, quando questionados sobre a «Operação Fénix». Ambos afirmaram que o governo da Colômbia tem o direito de defender-se (frase que ecoa a resposta Israelita sobre os recentes raides na faixa de Gaza). Clinton adiantou ainda que "Chávez tem de por fim às suas acções provocatórias" (?!).
Um comentário:
Não entenndo.Se as Frac's são narco qq coisa pq é q precisariam do dinheiro de Chavez!
Outra,não percebo como é q o nº2 andava com computadores.Depois:qual é o problema que a Venezuela,Cuba,Coreia do Norte,etc dêem dinheiro às FARC.Não foimos EUA,CEE,e quejandos democratas q formaram a Al-Qaeda e toda a pleiade de terroristas(UÇK,LP2,...)
É mesmo assim
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