sábado, novembro 28, 2009

Assimetrias regionais

Creio que foi o ano passado que se atingiu a fasquia de metade da população mundial a viver em zonas urbanas. Em Portugal, além da deslocação para as zonas urbanas, há também uma deslocação para o litoral, onde estão os distritos mais populosos do país (muita embora, quem visite o litoral do Algarve no inverno sentir a desproporção de habitações para o número efectivo de Algarvios).
Portugal tem cerca de 10 milhões e meio de habitantes (estimativa de 2005).

O Distrito de Lisboa: 2 124 426 habitantes (est. 2006), incluindo cerca de 550 mil residentes só no concelho de Lisboa.
A região do Grande Porto: 1 394 046 habitantes (est. 2008).
O distrito de Braga: 879 918 habitantes (est. 2006)
O Distrito de Setúbal: 815 858 residentes (est. 2006).
O distrito de Leiria: 477 967 residentes : (2006).
O distrito de Coimbra, incluindo a população flutuante de cerca de 30 mil estudantes: 436 056 (est. 2006).
O distrito de Faro: 421 528 residentes (est. 2006).
A sub-região do Baixo Vouga, em torno de Aveiro: 398 467 habitantes.

Só nesta contanilização está cerca de 66% da população portuguesa. É certo que algumas destas zonas incluem regiões que não estão na costa e outras totalmente não-litorais (como Coimbra), mas também não foram incluídas outras zonas litorais. Mas não deixa de ser um forte indicativo da desertificação do interior do país.

As assimetrias não são só a nível demográfico, mas como o gráfico publicado hoje pelo Correio da Manhã (baseado em dados do INE) revela, o interior, em particular no Norte, é também onde se verificar o menor poder de compra.


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