Este incidente difere do assalto ao Mavi Marmara, alcunhado Freedom Flotilla, que envolveu comandos do IDF a descerem de helicópteros militares, e que resultou na morte de vários passageiros. O IDF alega que os tripulantes resistiram com facas e machados. Bom, resistência pacífica é muito bom, mas se eu estivesse num navio em águas internacionais transportando ajuda humanitária para um povo diariamente alvejado de forma indiscriminada e visse comandos a descerem de rapel armados até aos dentes talvez pegasse numa faca para me proteger. Vejam bem, tal era a ameaça, que entre os tripulantes – cerca de 700 – houve mortes, mas entre os comandos apenas li que três foram atingidos, ficarem inconscientes, foram momentaneamente presos, voltando depois para junto dos IDF, ilesos. Segundo Israel vários tripulantes pertenciam ao grupo Turco "Fundação pelos Direitos Humanos, Liberdade e Ajuda Humanitária" (IHH), que consta da lista Israelita de organizações terroristas por alegadas ligações ao Hamas. [Note-se que o IHH não consta da lista análoga do Departamento de Estado dos EUA, que não é propriamente exclusiva.]
A não-violência desta última intersecção Israelita sublinha que o mais repreensível por parte de Israel não são os mortos, ainda que lamentáveis, do Mavi Marmara mas o bloqueio ilegal a Gaza, o desrespeito de Israel pela Lei Internacional, o cerco e lento massacre de um povo. Esse sim é o crime mais profundo.
(Informações extraídas do jornal Israelita Ha'aretz)
Sobre a história recente de Gaza vejam livro de jornalista do Ha'aretz Gideon Levy (nenhum parentesco recente):
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