No início da tarde de hoje, em frente de uma estação de autocarros em Tel Aviv, decorreu um dos mais mortíferos ataques suicidas em território Israelita em dois anos. Estimam-se 9 falecidos e cerca de 50 feridos. O bombista suicida, Sami Salim Mohammed Hammed, membro da Jihad Islamica, tinha apenas 17 anos. Sami Salim já havia completado o liceu, e ontem saiu de casa e em vez de dirigir-se ao emprego, como pensavam os familiares, tornou-se num dos mais jovens bombistas suicidas do conflito israelo-palestino. Um primo seu, Nazeer Hamad, carried out an earlier suicide bombing in Afula. Confrontado com a sua idade, um Ocidental não pode deixar de se perguntar: como pode um jovem no começo da sua fase adulta, entregar assim a sua vida? Terá sido indocrinação fundamentalista? Terá sido a perda de esperança no futuro? Uma resposta simples será ilusória. Mas creio que ajuda sublinhar que o jovem Sami Salim era de Jenin. Em 2002, teria apenas 13 anos.
Faz precisamente este mês 4 anos que a Força de Defesa Israelita (IDF) entrou no campo de refugiados junto a Jenin, na faixa de Gaza. Nesse ano, em resposta a uma serie de ataques bombistas em território Israelita, a Força de Defesa Israelita (IDF) lançou a Operação Escudo Defensivo, a maior operação nos territórios ocupados desde a Guerra dos 6 Dias (1967). Durante 12 dias, a cidade foi cercada, entrada a jornalistas interdita, centenas de edifícios detruidos, um quarto da população do campo ficou sem casa, e um número indeterminado de Palestinianos foi morto. Os relatórios da Human Rights Watch e Amnesty Internacional apenas puderam confirmar os números da IDF: 52 Palestinos e 23 soldados Israelitas mortos, provavelmente uma subestimação das consequências da violência Israelita. Uma investigação imparcial das NU nunca foi conduzida, devido a imposições Israelitas.
O número elevado de soldados Israelitas mortos também reflete uma resistência armada e bem organizada presente em Jenin. O campo foi visado por supostamente conter várias células terroristas, incluindo uma esquadra suicida da Fatah, a Nazir Hamad, em nome to suicida que em Octubro de 2001 disparou contra um estação de autocarros em Afula, no norte de Israel, mantando 3 e ferindo 11 Israelis até ser morto pela polícia. A família de Nazir Hamad foi uma das que terá recebido cheques de Saddam Hussein, em apoio das famílias de bombistas suicidas (ver). Nazir Hamad era primo de Sami Salim.
O campo ficou sob controlo directo da IDF, com patrulhas, pontos de controlo e gatilhos soltos (e.g., um funcionário das NU foi morto por um soldado Israelita em Novembro de 2002). Seus residentes foram sujeitos repetidamente a recolher obrigatório, metade dos terrenos agrícolos confiscados. Decorreram várias "mortes dirigidas", o euphemismo usado para cobrir o assasinato sem julgamento de alegados terroristas. A população de Jenin perdurou, sob condições agravadas de pobreza, com condições de ensino e saúde limitados. Sem dúvida uma vida que deixaria uma impressão marcante num joven rapaz.
Lamento naturalmente o falecimento dos Israelis inocentes e temo pelas repressálias que possam seguir-se.
segunda-feira, abril 17, 2006
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