Prova de que a Administração Bush não pretende alterar a sua política de prisão indiscriminada, à margem das protecções legais que seriam oferecidas a presos dentro do território dos EUA, o Pentágono irá pedir USD$125 milhões para a construção de um tribunal militar em Guantanamo. Caso seja subsidiado pelo Congresso será a maior adição ao complexo desde que o centro de detenção foi aí montado em Janeiro de 2002. O plano consiste numa mini-cidade, com alojamento para 1,200 pessoas, incluindo salas de reunião e tribunal. O objectivo é completar a sua construção e iniciar os julgamentos até Julho do próximo ano.
Entretanto, Murat Kurnaz, liberto em Agosto de Guantanamo, onde esteve desde Janeiro de 2002, acusou os EUA de ter sido alí torturado. Numa entrevista, no seu país Natal (Turquia) Murat revelou ter sido espancado, recebido choques electricos, submerso em água, desprovido de comida, acorrentado ao tecto durante dias. Afirmou ter visto várias pessoas serem mortas, e ter pensado que também ele iria morrer na prisão. Murat, cidadão alemão, fora preso em 2001 no Paquistão e acusado de ser membro da al-qaeda. Após 4 anos de detenção em Guantanamo, um painel militar chegou à conclusão que os serviços de inteligências Estadunidenses e Alemães não possuiam provas suficientes para o acusar. O advogado de Kurnaz, Baher Azmy, afirmou: "O governo dos EUA sabia há mais de dois anos que Kurnaz era inocente."
terça-feira, novembro 21, 2006
Guantanamo vive
Posted by
André Levy
at
1:47 PM
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EUA
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