sexta-feira, maio 28, 2010

É hora

O momento não é para nos resignarmos, ficarmos calados, e baixarmos os braços.
O momento não para nos limitarmos às queixas no café ou na fila das Finanças.
O momento não é cairmos na esparrela das alegadas "inevitabilidades".
O momento não é para deixarmos o Governo pensar e decidir por nós, segundo os seus interesses e de quem os representa.
O momento não é para abdicar da soberania nacional, e deixar a Europa ditar a nossa política nacional, que não serve os interesses nacionais, mas os da Alemanha e que tais.
O momento não é para Velhos do Restelo, nem observar os céus à espera de uma resposta.
O momento não é esquecermos a crise e ir ao Rock in Rio ou esperar o Mundial.

Também –
Não é altura de desespero, de dar o futuro por perdido, de deixar de acreditar no nosso país.
Não é altura de perder confiança na nossa capacidade, no nosso potencial, na nossa riqueza humana e social.
Não é altura de nos fechar em copas, a sete chaves, ou como uma ostra.

É hora, sim, de dizer Basta! aos ataques contra os nossos direitos.
É hora de todos os afectados pelas políticas monopolistas, nacionais e internacionais, se unirem.
É hora de chamar, em alta voz, as coisas pelas seus nomes: estão a roubar-nos o nosso salário e o nosso futuro.
É hora de dizer Não! às privatizações previstas e ao hipotecar do nosso património económico.
É hora de de dizer a verdade: que a nossa economia interna precisa do aumentos salariais, não congelamentos e decréscimo de investimento público.
É hora de exigir e implementar as propostas alternativas para um Portugal ao serviço dos Portugueses, do seu desenvolvimento económico, social e cultural.

O momento é chave. O momento é de luta, resistência e exigência.
Luta travada com confiança, determinação, convicção e dedicação.

Todos aqueles atingidos pelas políticas de direita, que têm vindo a escamotear as "portas que Abril abriu", devem sair amanhã à rua, na Manifestação Nacional convocada pela CGTP, no Marquês de Pombal, às 15h, em Lisboa.

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