Desculpem voltar à carga com o tema da Festa, mas tenho de aproveitar enquanto ainda faz o mínimo de sentido. E há tanta pequena história da Festa do Avante! Esta é uma que diz muito. Na sexta uma jovem camarada ao sair de turno na sexta feira deu-se conta que perdeu o telemóvel. Apesar dos esforços não o conseguiu encontrar, e deu-o por perdido. Na segundo, numa última tentativa já sem grande esperança, telefonou para o seu móvel e respondeu uma camarada dos perdidos e achados da Festa. Alguém havia encontrado o móvel e tido o trabalho de o entregar nos perdidos e achados. Aí foram entregar, durante a Festa, não só outras dezenas de móveis, como dezenas de carteiras pessoais, ainda com os cartões e dinheiro em numerário.E não pensem que foram só as pessoas de idade que lá foram fazer as entregas. Segundo os camaradas de serviço, muitos jovens foram lá fazer depósitos. O que não queriam era ficar depois a preencher o impresso da entrega, porque feita a devolução, queriam era voltar à festa. Isto é, não se trata de um incidente isolado de sentido de dever comunitário, mas de um sentimento compartilhado. Não digo que não tenham ocorrido furtos. Ouvi casos de vários. E no parque de campismo exterior é um problema sintomático (a tenda para um ladrão deve ser como um embrulho cheio de prendas à espera de ser colhido). Mas não deixa de ser animador que haja tanta devolução aos perdidos e achados. (Tal como o facto de serem reduzidos o número de casos de crianças que se perdem das suas famílias, no meio de tanta confusão, poderia ser muito pior).
Claro que isto é apenas uma pincelada. Mas que compõe a tela distinta que é a Festa do Avante!, sobretudo quando comparada com as dezenas de Festivais de vão surgindo como cogumelos, e dos quais, tirando um ou outro, apenas se distinguem pelo patrocinador.
sábado, setembro 18, 2010
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