terça-feira, janeiro 24, 2006

Em vespéras da votação na PACE

Manifestação em Atenas a 19 de JaneiroSerá amanhã (4a feira, 25 de Janeiro) a reunião do Comité de Assuntos Políticos (Political Affairs Committee) da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE), onde irá ser votada a proposta de resolução Necessidade de condenar os crimes dos regimes comunistas totalitários.

Hoje à tarde, teve lugar em Estrasgurgo, uma manifestação de protesto contra esta condenação, que contou a participação de centenas de pessoas vindas da Grécia, Chipre, Bélgica, Suécia, Luzemburgo, Turquia, França, Itália, Russia (incluindo o líder comunista Gennady Zyuganov) e outros.


Já na passada 5a feira, milhares manifestaram-se em Atenas contra a proposta de resolução da PACE, organizado pelo Partido Comunista Grego (KKE). O líder do KKE, Aleka Papariga, afirmou aos manifestantes: "Esta é uma declaração de guerra contra a classe trabalhadora."

Os representatnes Checos poderão vir a apoiar a resolução, tendo havido uma recomendação do Comité de Direitos Humanos do Senado Checo nesse sentido.
Afirmou Martin Mejstrik, membro do comité: "É importante para as democracias ocidentais perceberem quão deshumano é o sistema comunista." Mejstrik e Jaromir Stetina, outro membro do comité, afirmaram que a sua opinião é partilhada pelo Club Democracia Aberta (KOD), de que fazem parte. Circula também uma petição de apoio à resolução.
O Partido Comunista da Boémia e Morávia (KSCM) tem estado oposto à resolução. E a Juventude Comunista (KSM) foi alvo no passado Novembro de uma tentativa de ilegalização (ver este post).

O Conselho Mundial para a Paz, num comunicado no passado dia 20, dondenou qualquer esforço de "distorcer, falsificar ou re-escrever a história", ao querer equiparar os crimes do Nazismo aos "os crimes comunistas", os dos agressores com os das suas vítimas. "A moção tem o odor de vigança dos conquistadores" e "constitui uma flagrante violação do Direito International, já que pretenter terrorizar nações inteiras e ameaçar países soberanos a mudarem as suas políticas."

A Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD/WFDY) qualificou o conteudo da proposta como "uma violação flagrante das liberdades e ordem democráticas e demonstrando a prática da política de vigança do capitalismo, pretendendo prevenir as forças mais progressivas de agirem livremente e de propagarem as suas ideias e ideais. (...) Para perpetuar esta crisada tudo é admissível para a ofensiva ideologica do caputalismo, até a comparação das organizções progressistas e amantes da paz de trabalhadores, jovens e estudantes com as acções terroristas ou crimes cometidos pelo Nazi-Fascismo."

Existem ainda outras declarações recentes de oposição à proposta de países do espaço extra-europeu, como Cuba e o Partido Comunista do Chile, o PC da Austrália.

Um comentário:

JD disse...

quanto maiores as dificuldades, maior a universalidade da luta.

ilegalizem. ilegalizem e verão a grande estrada para o socialismo mais próspera que nunca. sempre resistente.

quem faz a revolução são os comunistas. legais ou na clandestinidade.