É relevante perguntar: qual o incidente que instigou a presente instância de guerra entre Israel e o povo Palestino e países árabes vizinhos? Será que existe um ponto de partida, ou devemos sempre manter presente um contexto de quase 70 anos de conflito, pautado por vários periodos de guerra aberta, marcados pela opressão do povo Palestino? O rapto de 2 militares pelo Hezbollah, a 12 de Julho, não terá tido como reacção à violência Israelita na faixa de Gaza? E o que esteve na origem da acção israelita em Gaza, que involveu a destruição da principal central electrica, de distribuição de água, de ministérios, e a apreensão de ministros e deputados? Terá sido o rapto de Gilad Shalit (também militar) a 25 de Junho? Se assim fosse, a violência seria justificada? Se esse fosse o instigador mais próximo, poderiamos então esquecer os antecedentes?
Na verdade nem é preciso voltar atrás, pois a comunicação social, mesmo a que faz alguma crítica à dimensão da resposta Israelita, tem neglicenciado reportar sobre um incidente que ocorreu a 24 de Junho, que poderá ter estado na origem da resposta Palestina. Nessa data comandos de elite Israelitas entraram em Gaza para deterem dois alegados militantes do Hamas, a primeira incursão para fazer detenções desde que Israel se retirou de Gaza há um ano. Os comandos entraram na habitação, algemaram o pai dos dois suspeitos, confiscaram o computador, e levaram os seus dois filhos. O IDF afirma que os homens eram militantes do Hamas que haviam planeado um ataque recente do Hamas sobre Israel. O Hamas nega qualquer ligação com os dois detidos: um médico que havia estado no Sudão, tendo chegado a Gaza no mês anterior, e seu irmão, um estudante de lei islamica. A identidade e o paradeiros destes homens é desconhecido. A ingerência de Israel num estado vizinho independente para prender dois suspeitos, civis, não prestando contas a ninguem: não terá este incidente servido de provocação para a subsequente captura de militares Israelitas?
sábado, julho 22, 2006
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