Recorde-se que o sequestro de militares Israelitas pelo Hezbollah (a 12 de Julho) e subsequente assalto militar Israelita, foi precedido por uma escalada Israelita na Faixa de Gaza, onde agravou as condições de vida dos Palestinos - destruindo a capacidade de gerar energia electrica e abastecer água - e atacou directamente a Autoridade Palestina e o partido eleito para o seu governo - o Hamas - bombardeando ministérios e predendo ministros e deputados.
Desde o ataque ao geradores electricos, destruindo a única fonte doméstica de electricidade que satisfazia 43% das necessidades diárias (o restante é abastecido por uma companhia Israelita), a 28 de Junho, 150 Palestinos foram mortos, 1/4 dos quais crianças; 541 Palestinos foram feridos. No mesmo periodo um soldado Israelita foi morto e 14 feridos. Os ataques Israelitas estão longe de diminuirem: no dia 26 de Julho teve lugar o mais alto número de mortos desde o início da "Operação Verão Chove" do IDF (Forças de Defesa Israelitas) - 22 Palestinos mortos na Faixa de Gaza, incluindo uma rapariga de 3 anos de idade. O abastecimento de electricidade e água continua dramaticamente afectado: 6-8 horas de electricidade por dia, 2-3 horas de água por dia - o seu abastecimento não é sincronizado. (Dados das NU)
Marcha dos acontecimento:
A comunicação social e Israel aponta o dia 25 de Junho como tendo sido o início da presente conflito na Faixa de Gaza. Nesse dia, numa operação planeada à 2 meses, militantes Palestinos atravessaram um túnel subterrâneo perto da passagem de Kerem Shalom - dedicada à entrada de mercadorias vindas do Egípto - no sul da Faixa de Gaza, atacaram o posto militr, mataram dois soldados da IDF, feriram quatro outros, e sequestraram um destes, Gilad Shalit. No dia seguinte, um comuncado das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam (a ala militar do Hamas), a Tropa de Islão e os Comités de Resistência Popular (que inclui membros da Fatah, Jihad Islâmica e Hamas) exigia a libertação de todos as prisioneiras Palestinas e de todos os prisioneiros Palestinos com menos de 18 anos de idade. Como já indicado neste blog, a troca de prisioneiros entre Israel e grupos com quem não tem relações oficiais tem precedente.
Contudo, este ataque Palestino não surge no vazio.
- De Janeiro a 20 de Junho, quse 900 foquetes de fabrico doméstico foram lançados da Faixa de Gaza sobre Israel. No mesmo periodo, a IDF lançou 8,400 obus de artilharia sobre a Faiza de Gaza e 142 ataques de míssil. Num destes ataques, 40 Palestinos faleceram quando passavam o dia numa praia no norte de Gaza, incluindo 11 crianças, e 7 membros (5 dos quais crianças) da família de Huda Ghalia (que sobreviveu ao ataque).
- 20 de Junho: 3 crianças (2, 5 e 16 anos de idade) foram mortas e 12 outros feridos (7 dos quais crianças) no distrito de Sheikh Radwan em Gaza, por um ataque aéreo Israelita - o alvo pretendido escapou ileso.
- 21 de Junho: um avião não-manejado (drone) lançou um míssil tentando atingir um carro Palestino perto de Khan Younis. Ao falhar o carro, atingiu uma casa, matando 2 Palestinos e ferindo 11 outros, incluindo seis crianças.
- 24 de Junho: sequestro de dois Palestinos por comandos dos IDF (ver) - na primeira incursão para fazer detenções desde que Israel se retirou de Gaza há um ano.
- 25 de Junho: dá-se o sequestro de Gilad Shalit. Israel fecha os pontos de passagem, intensifica os ataques aéreos, fecha o abastecimento de petróleo em Nahal Oz.
- 26 de Junho: Israel retoma os ataques de artilharia. Nos dois dias seguintes lança 500 ubus.
- 28 de Junho: bombardeamento dos únicos transformadores de produção de energia electrica em Gaza. Tal afecta também o abastecimento de água, já que a maioria dos 132 poços de água dependem de energia electrica. A força aérea Israelita retoma as "explosões sónicas" - quando aviões ultrapassam a barreira do som a baixas altitudes - cerca das 4 da manhã, umas 3-4 vezes por noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário